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George V Residence

George V Residence

São Paulo – SP – Brasil

obra 2000
projeto 1996
Área do terreno
1.295 m²
Área de construção
9.761 m²

Localizado no Alto de Pinheiros, zona oeste da capital paulista, o George V Residence exibe as linhas suaves e as curvas em concreto. A linguagem da curva permite ao flat amoldar-se à paisagem. De seus terraços frontais, desfruta-se do belo visual proporcionado pela região, marcada por bairros horizontalizados e arborizados.
O partido definido para o George V aproveita-se, em primeiro plano, da privilegiada condição do lote – uma praça circular que articula diferentes ruas – , favorável ao exercício da linguagem que vem sendo explorada: a volumetria das linhas curvas.
Nesse caso, há a feliz coincidência entre os volumes que predominam na edificação e a situação urbana específica – a praça circular. A localização propiciou o desenvolvimento do projeto com a predominância dos terraços contínuos e ondulantes na parte da frente. Essa opção respeita a paisagem da região, formada por ruas também curvas e largas, com vegetação abundante.
O edifício é constituído por oito pavimentos-tipo, com dez unidades cada um, das quais dois apartamentos de dois dormitórios e oito de um, com áreas de 70 e 50 m2, respectivamente – medidas acima dos padrões de mercado, mas adotadas por se tratar de um flat do tipo residência. No térreo ficam a recepção, lojas e restaurante; na cobertura, o salão de festas. Três subsolos completam as instalações.
O programa resultou num volume de ondulações predominantes com cheios e vazios que lhe emprestam ares de leveza e imprevisibilidade, característicos da arquitetura brasileira. Os terraços frontais são revestidos por granito; as colunas que, recuadas, percorrem toda a edificação receberam acabamento em agregado mineral jateado. Estreitas faixas vermelhas adornam a lateral do edifício exemplificam a imprevisibilidade mencionada pelo autor.
O volume de vidro ortogonal que percorre a fachada de alto a baixo foi traçado com a intenção de criar um elemento de descontinuidade, “um corte que interrompe as ondulações”. Uma pequena marquise assinala o acesso ao flat e tem escala adequada à construção.

Arquitetura: Ruy Ohtake
Estrutura: Aluízio A. M. D’Ávila
Hidráulica e Elétrica: SPHE
Ar-condicionado: Teknika
Consultoria de esquadrias: Branteo
Automação Predial: Jugend
Decoração: HBA Hirsch / Bedner and Associates
Paisagismo: Olair De Camillo
Fundações: Portella Alarcon
Sondagem: SPT
Iluminação: T. Kondos Associates e Trust
Gerenciamento: Serplan
Construtora: F. Reis