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Residência Rua Gália

Residência Rua Gália

São Paulo – SP – Brasil

Obra 2004
Projeto 1999
Área do terreno
8.192 m²
Área de construção
6.833 m²

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Forte expressão e elegante leveza.
Foi o que procuramos, ao projetar a residência da Rua Gália.
Um residência especial. Um palácio contemporâneo. As curvas ondulantes e sinuosas marcam uma inovadora presença no espaço da cidade.
A residência, pela Rua Gália, tem dois pavimentos e mais um nível inferior aproveitando o desnível do terreno. O salão de estar é um dos espaços que centraliza, com três contrapontos: o sutilmente sinuoso mezanino, o ousado desenho da escada e o importante visual para a cidade. A biblioteca, ao lado, um bonito recanto da casa. No pavimento superior, o mezanino, além dos amplos visuais, dá acesso ao estúdio e aos dormitórios. No pavimento inferior, o pátio de recreação e os aposentos dos hóspedes. A mera descrição do programa da casa não pode ressaltar os espaços, os pés-direitos e as visuais.
A varanda é parte importante da arquitetura brasileira. É ela que circunda o estar, a galeria e a sala de jantar. É ela que permite uma moldura bonita às lindas visuais para a cidade. É a varanda o espaço de transição entre a sala de jantar e os jardins da casa. As varandas curvas do Morumbi.
Um detalhe: a cobertura da churrasqueira do jardim. Uma levíssima cobertura circular de concreto, que termina com 2 cm de espessura. Um disco, com balanço de 9 metros. Um desenho simples e arrojado, que contou com a decisiva participação do calculista eng. César Pereira Lopes.
As obras de arte têm presença importante. Desde a rua, um Franz Weissmann de dez metros de altura. Esculturas de Anish Kapoor e Antony Gormley marcam o hall de entrada. Outras significativas peças ao longo da casa e dos jardins, como o exuberante mural de Sol Lewitt. Atmosfera de arte, onde a própria arquitetura participa intensamente.
Uma construção complexa, pelo porte e pelos detalhes.
O esforço e o profissionalismo da Construtora Método foram importantes.
É a residência Edemar Cid Ferreira. Uma residência para um homem que nos mostra a exposição da China na Oca do Ibirapuera, e exibe a exposição da Amazônia na Cidade Proibida em Pequim. E afirma: a cultura como um fator de aproximação entre os povos, precedendo os intercâmbios comerciais.

Arquitetura: Ruy Ohtake